Reparto
com vocês um trecho do livro de Jorge Himitian, Projeto do Eterno, trecho esse que
me edificou bastante. Postarei em três partes, devidamente indicadas ao final
de cada postagem.
Sob
o vínculo da paz de Cristo,
Manoel
Soares Cutrim Filho
O oposto da humildade é
o orgulho. O oposto da mansidão é a rebeldia. E o oposto do amor é o egoísmo. O
orgulho, rebeldia e egoísmo são as três principais características da carne.
O orgulho faz com que uma pessoa se considere superior aos demais,
busque ocupar os primeiros lugares, tenha inveja daqueles que prospera, seja
sábio aos seus próprios olhos, exija seus direitos pessoais, se torne severa,
dura, dominadora, e tantas outras coisas. A consequência disso e a divisão.
A rebeldia produz em nós desobediência, discussões, ira,
insolência, ofensas, contenda, inimizade e até mesmo pecados de imoralidade. A
rebeldia divide a igreja.
O Egoísmo nos conduz à concupiscência da carne, à injustiça, à
avareza, à mentira, que querer ser servido ao invés de servir, a buscar nossos
próprios interesses, a ser dominados pelo prazer e a buscar nossa própria glória.
Também neste caso, o resultado é a divisão. Jesus disse: “Se alguém quer vir
após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Mc 8.34), e também
ordenou “levai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde
de coração” (Mt 11.29). A conversão está diretamente relacionada com dar o fim
à vida deste homem rebelde, orgulhoso e egoísta, que já foi crucificado por
Cristo na cruz. Esta verdade se faz real em nós através do Espírito Santo, em
virtude da nossa união com Cristo. (Parte 1)
Devemos viver sempre no Espírito, pois é ele que nos
transmite as virtudes do caráter de Cristo, que são mansidão, humildade e amor.
Se andamos na carne, se manifesta em nós o velho homem, se andamos no Espírito,
é Cristo que se manifesta e podemos dizer como Paulo: “Já estou crucificado,
não sou mais eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2.20).
Quando ocorre divisões na igreja é porque os crentes
andam na carne, pois o humilde considera seu irmão como superior a si mesmo.
Ele o honra, o serve e busca a paz. O humilde reconhece seus erros e o
confessa, tanto a Deus quanto a seus irmãos. Procura ocupar o último lugar.
Procura ouvir antes de falar. Se alegra ao ver o progresso dos outros, e como
resultado, se produz unidade.
O manso obedece com amor. É submisso a Deus e a seus irmãos. Louva a
Deus na adversidade e aceita em paz suas limitações. Vence o mal com o bem,
sabe esperar, aceita conselhos e tem domínio próprio.
O que ama, busca o bem dos demais, é gentil, generoso,
tem coração de servo, misericordioso, amigo de todos, pronto a fazer bos obras.
O amor é o vínculo da perfeição (Cl 3.14) (Parte 2)
Paciência
A paciência é a virtude
que prolonga todas outras virtudes e as torna permanentes. Não devemos agir com
amor, mansidão e humildade somente de vez em quando. Não devemos andar, às
vezes na carne e às vezes no Espírito. Não podemos “sair de licença” para andar
um pouco na carne. Devemos sempre nos conduzir em humildade, mansidão e amor. E
se alguma vez descobrimos que descemos para o nível da carne, imediatamente
devemos retornar para o Espírito.
“... suportando-vos uns aos outros em amor ...”
Não somos anjos e ainda
não chegou o dia da nossa glorificação total.
Cometemos erros, temos
debilidade e falhas, diferimos em nossos critérios. Existem irmão fracos e
existem também aqueles que são pessoas difíceis. Muitas vezes, nós mesmos
também somos difíceis para os outros. Não devemos esperar condições ideias para
agir bem.
Para manter a
comunicação, devemos aprender a suportar-nos uns aos outros em amor.
Há ocasiões em que nossa
unidade é fortemente atacada e percebemos o risco de uma divisão, tal como
aconteceu na igreja de Éfeso. Há circunstâncias em que tudo o que nos resta é
suportar-nos uns aos outros pacientemente, para que jamais produzamos divisão. (P. 134-136), Projeto do Eterno - Jorge Himitian – Ed. Atos
Gospel, 2010 (Última parte do post).