Historicamente o Paraguai
sempre foi uma nação de vanguarda. Militarmente, as demais nações sul-americanas
tinham dificuldades em sobrepujá-lo, lembro-me que certa guerra precisou
da famosa tríplice aliança - Brasil, Uruguai e Argentina - para derrotá-lo.
Após décadas de
subdesenvolvimento, com direito à ditadura militar que findou com a morte do
General Alfredo Stroessner, eis que chega ao poder um representante das
classes menos favorecidas: Fernando Lugo, ex-bispo da Igreja Católica que
durante a trajetória religiosa não respeitou o celibato. É da linha política do
Lula, do Evo Morales, do Hugo Chavez e da presidente Dilma. Tanto que sua
confusa saída do governo paraguaio causou a suspensão daquele país do Mercosul
pelos governos alinhados.
Quem assumiu o poder por lá
foi o Federico Franco que era vice do tal Lugo. Ele está eliminando os
"Vales e Bolsas" que também existiam por lá e funcionavam igual
no Brasil para cunho eleitoreiro. Foi uma atitude sábia que gerou revolta de
parcela da população que havia parado de trabalhar para viver da
"mensalidade" que o governo repassava. Em substituição às
"bolsas" e aos "vales", o novo governo doa ferramentas,
subsidia terras, poços e bombas de água, quando necessário, fornece
sementes, adubos, fertilizantes e inseticidas, faz treinamento e acompanha as
famílias dando condições necessárias para que possam produzir e tornarem-se
independentes. Se necessário, o governo compra a produção para distribuí-la nas
escolas e creches ou onde houver carência. Isto é fazer o correto, é a boa
política, é ensinar o povo a conquistar sua cidadania e seu direito à vida, com
trabalho e dignamente. O mais incrível é que conseguiram fazer com uma carga
tributária que não chega a 5% daquela que o Brasil nos impõe. Que inveja!
Por lá auferem grandes lucros a nossa Petrobras, o Bradesco, e as indústrias
de tratores agrícolas. O Paraguai consegue crescer a mais de 6% ao ano. Ano
passado o Brasil cresceu 0,9% ao ano.
Este é o exemplo que o Brasil
deveria seguir. É a mudança que o Brasil precisa tomar. E por que não é feito
aqui? A resposta está no ar. Fazer o povo trabalhar não gera tantos votos como
dar-lhe um cartão magnético e colocar um dinheiro na conta todo mês. Dinheiro
grátis é mais eficaz para eleger um político. Mas convenhamos: a culpa não é
toda dos políticos, mas também de quem neles votam!
"Delenda Brasília - quem
sabe faz a hora, não espera acontecer!"