Publicado: 15 de Novembro de 2013 por Barbara G. Baker
Pastor diz que a conspiração deliberada foi idealizada para
difamar sua igreja.
Pastor Orhan Picaklar foi
preso na segunda-feira
Igreja Ágape de Samsun
Um pastor
protestante turco, preso pela polícia na província de Black Sea em Samsun esta
semana, é acusado de envolvimento com prostituição e tráfico humano de
refugiados.
Pastor
Orhan Picaklar, da Igreja Ágape de Samsun, foi
convocado para ir a sede da polícia local para interrogatório na segunda-feira
à tarde (11 de Novembro).
O pastor
de 42 anos foi detido na quarta-feira à noite em uma investigação policial
conduzida pelo Departamento Moral (Morals Bureau) da
Divisão de Ordem Pública. O processo criminal teria sido baseado em uma queixa
feita através de um telefonema por uma pessoa não identificada.
" É,
obviamente, uma conspiração deliberada", foi o que um porta-voz da Aliança
das Igrejas Protestantes da Turquia pronunciou ao World Watch Monitor, dizendo
que Orhan tinha sido assediado por anos pela mídia local e autoridades da
cidade que se opõem abertamente a existência da igreja.
Enquanto
estava na prisão com outras sete pessoas Picaklar ficou
sabendo que eles estavam todos sendo apontados como suspeitos na mesma
"operação de tráfico de seres humanos “.
"Eu
nunca tinha visto qualquer um deles, e nenhum deles me conhecia também! ",
disse Picaklar ao World Watch Monitor.
Mas a
imprensa turca foi bastante rápida para divulgar a prisão do pastor nos dois
dias posteriores, antes que Picaklar fosse
finalmente levado a depor perante o Ministério Público na quarta-feira à tarde.
Na
terça-feira, o diário nacional Milliyet citou a suposta declaração de uma
mulher iraniana de 19 anos de idade, cujo visto legal na Turquia tinha
expirado. A jovem alegou que Picaklar tinha
proposto uma relação sexual com ela em troca de pagamentos de aluguel que ela
não poderia fazer para a igreja. Quando ela se recusou, ela disse que foi morar
com outra mulher, onde seu passaporte foi confiscado e ela foi forçada a se
prostituir.
Após a
sua libertação o pastor confirmou que ele conhecia a mulher, que tinha dito que
era cristã e tinha vindo para Samsun para estudar. Como ela não tinha lugar
para ficar, ele tinha oferecido a ela uma estadia de 25 dias nas instalações da
igreja, muitas vezes emprestado para refugiados carentes por um pequeno período
de tempo. Mas quando ele a encontrou em uma situação comprometedora na
companhia de um homem quase despido a cerca de 10 semanas, o pastor,
acompanhado por um policial, pediu a ela para que deixasse as instalações da
igreja imediatamente.
"Significativamente",
Picaklar disse, "nós soubemos que a
mulher e os outros aparentemente envolvidos com prostituição foram deportados
sem nunca terem sido levados para delegacias de polícia."
O episódio amplamente divulgado dessa semana, chamado “escândalo”,
foi simplesmente mais uma tentativa de difamá-lo publicamente, o pastor
concluiu: “O objetivo foi apenas fomentar o desrespeito para com a igreja e com
a minha pessoa! Estamos surpresos com isso. Quem são eles, e por que eles
querem agir contra nós? "
Orhan
Picaklar tem pastoreado a igreja desde 2003
Igreja Ágape de Samsun
Picaklar
disse à Agência de Notícias Ihlas (Ihlas News
Agency), na noite
de sua libertação, que ele não iria deixar Samsun ou parar o seu ministério na
igreja por causa do ocorrido.
"Hoje
eu vou permanecer aqui de uma forma mais determinada. Eu não estou envergonhado
de maneira alguma, porque não fiz nada de errado. Estou simplesmente ajudando
pessoas “, explicou, dizendo que sua igreja estava ajudando cerca de 500 a
1.000 refugiados.
"Ao longo dos últimos três meses, temos tentado ajudar centenas de famílias de refugiados que vieram para Samsun", disse ele em uma declaração escrita ontem. " Nós tentamos fornecer carvão, alimentos e suprir outras necessidades, a ponto de dar permissão para alguns de ficar temporariamente em nossas instalações de alojamento de igreja. "
"Eu
não estou, de maneira alguma, chocado com esta calúnia embaraçosa ", disse
Picaklar, há apenas uma semana, a polícia havia informado que tinha pego um
homem que planejava matá-lo.
Embora
liberado da custódia, Picaklar foi ordenado pelo juiz a ir a uma delegacia de
polícia toda segunda-feira até que o indiciamento formal seja arquivado e os
processos judiciais comecem.
Picaklar e sua
congregação foram acusados repetidamente de " atividades missionárias
ilegais" por canais de TV e jornais locais, alegando que a igreja usou de
suborno e prostituição para enganar os jovens e convertê-los ao cristianismo.
O próprio
edifício da igreja foi vandalizado, apedrejado e suas janelas quebradas várias
vezes. O pastor continua a receber ameaças de morte por telefone e internet, e
já foi sequestrado por homens que se apresentam como policiais à paisana. Ele
está sob proteção policial durante os últimos cinco anos, desde que um suspeito
planejamento de matá-lo foi apanhado pelas autoridades policiais.
Um ex-muçulmano
que se converteu ao cristianismo há 21 anos, Picaklar tem pastoreado a Igreja
Ágape de Samsun desde 2003. Foi concedido à congregação um status formal de
"associação" em 2005, embora, como outras novas congregações cristãs
na Turquia, ainda é proibido por lei o reconhecimento oficial do governo como
uma igreja.
Oremos pelo nosso irmão turco e possamos dar a maior divulgação possível a este conteúdo.
Oremos pelo nosso irmão turco e possamos dar a maior divulgação possível a este conteúdo.
Voluntário na
Tradução: Jean Lucas
Quem desejar ler
em inglês este é o link: http://www.worldwatchmonitor.org/2013/10/2819150/