De tanto ouvir sobre conflitos entre índios e não índios, chamados de brancos, conflitos esses que muitas vezes ceifam vidas, procurei pesquisar as causas desses litígios. Li várias matéria nos jornais de grande circulação no Brasil e em outros meios de comunicação. Em breve colocarei, de forma reduzida, um pouco dessas matérias com os respectivos links, à disposição dos meus leitores. Como resultados dessa pesquisa elaborei um artigo onde manifestando a minha opinião sobre o assunto, que divido em duas partes. Hoje posto a primeira, nesses próximos dias postarei a segunda parte.
A nossa
cultura e o nosso país, devem muito aos índios, como aos negros e aos brancos
das mais variadas origens. Esse é um fato! Reconhecemos que somos um país
privilegiado e rico de matizes dessas culturas! Mas queremos traçar alguns
comentários sobre a política indigenista brasileira, tendo como protagonista a
Funai, órgão governamental, responsável pela implementação dessa política.
A Funai
quer preservar os índios, em especial, os da Amazônia, como se fossem animais em
extinção: dentro da selva, sem contato com a civilização, mas índio quer moto,
carro, barco motorizado, antena parabólica, celular, bebida, droga, etc. No
bojo desses usufrutos da vida da “civilização”, vem as dependências alcoólicas,
químicas, as doenças sexualmente transmissíveis, desarmonia na família, suicídios, brigas
dentro das aldeias, assassinatos, etc. Problemas para o governo cuidar e
justificar o pedido de mais verbas para fazer frente a essas ‘maravilhas do
mundo civilizado’! Agora,
quando missionários cristão, baseados nos valores de sua fé buscam a unidade da
família indígena, preservando a língua e a cultura, aí toca em interesses outros, onde parte
de funcionários da Funai tornam-se verdadeiros inimigos desses abnegados
missionários.
Leia
trechos da matéria que a Veja publicou há alguns anos mostrando a harmonia de
uma tribo indígena com a população de uma cidade mais próxima. Veja
nº 6 de 11.02.98, pg. 52/56, intitulado: A Lei
da Bíblia na Selva ,
trabalho começado nos
anos 40, por uma missão americana .
“Na
porção mais remota da mata, às margens do rio Içana, vivem as tribos baniva e
curipaco, duas das mais interessantes comunidades de toda aquela área. Essas
duas nações reúnem cinquenta aldeias, habitadas por índios que têm título de
eleitor, sabem ler e escrever e adoram cantar o Hino Nacional, sem ter, no
entanto, perdido a essência de sua herança indígena.
A
convivência harmônica do mundo com o antigo é mais espantoso quando se sabe que
foi Jesus Cristo — o Deus dos Brancos — outrora uma ameaça para a cultura
indígena, que acabou garantindo sua sobrevivência. Eis uma novidade capaz de
abalar muitas das teorias antropológicas, mais especificamente a que via o
evangelho como um vilão responsável pela aculturação indígena ... a Bíblia
converteu-se num poderoso veículo de coesão cultural.
Hoje,
protegidos pela natureza e pela religião, eles parecem prontos para sobreviver,
como índios e cidadãos”.
Com a
leitura desse relato, percebe-se o descabimento de certos membros do Ministério
Público Federal em ameaçarem missionários de etnocídio (destruição da civilização ou cultura de uma etnia
por outro grupo étnico). O que tem destruído certos grupos indígenas é sem
dúvida, a permissividade própria do “mundo civilizado”, a não a assimilação de
reais valores cristãos.
É verdade que há índios que são
trabalhadores, jovens que desejam estudar, etc., no entanto, há uma grande
parte de índios aldeados que tem acesso a vilarejos e cidades próximas às suas
aldeias, que dirigem motos, barcos motorizados, com certo grau de instrução,
que ‘pintam e bordam’ nesses lugarejos, sendo tratados como ‘inimputáveis’.
Contra eles não pesam as leis. Quem sofre com isso são as populações dessas
localidades.
Vários segmentos da sociedade, do
estado Brasileiro (Ministério Público Federal, Procurador de Justiça,
Prefeitos, etc.) e da mídia, tem afirmado que o Governo Federal vem sendo
omisso por décadas em sanar os conflitos fundiários que envolvem populações
indígenas.
A mídia anunciou que o Governo
Federal deslocou 300 homens em uma Força Tarefa constituída de militares do
Exército, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Além do
deslocamento de autoridades: Gens. Comandante Militar da Amazônia, o Comandante
da 17ª Brigada de Porto Velho, o Comandante da Força Nacional de Segurança, o
Comandante da Polícia Rodoviária Federal e Representante do Ministério Púbico
Federal. Quanto não deve sair para os Cofres da União manter esses homens em
operação, numa região inóspita, por mais de 90 dias, que pode ser prorrogado.
Certamente seria mais em conta se houvesse uma política preventiva, de
demarcação das terras indígenas.
A Força Nacional de Segurança foi
chamada, também, em 2013 no Maranhão, Mato Groso e Bahia. Em alguns desses
estados ela ainda está mobilizada. Aumentando mais os custos dos Cofres da
União.
A mídia também anunciou que há
indícios de instigamento das lideranças indígenas por parte de funcionários da
Funai. O que não é de estranhar-se pelos interesses ideológicos que permeiam
aquele órgão.
O Brasil, graças a Deus, é um país
multirracial, vários desses povos mantém suas culturas originais (de Norte a
Sul) através festas típicas. Há casamentos com pessoas de outras etnias,
trabalham, estudam, servem as Forças Armadas, são perfeitamente integrados na Grande Nação Chamada Brasil, mas com
grande parte dos índios isso não acontece, ultimamente, certamente há
influências externas, das políticas raciais defendidas pelo Governo Federal e
ONGs racialistas, para mantê-los segregados, mas sem abrir mão do usufruto dos
benefícios do mundo moderno, à custa da dita população ‘branca’.
Em consonância com o afirmado, nos
dois parágrafos anteriores veja o que diz Demétrio Magnoli, articulista da
Folha de S. Paulo, em seu artigo, do dia 11 de janeiro de 2014: O Arco, a
flecha e o avião: "Em nenhum momento a gente falou que meu pai
foi assassinado. A gente viu que ele caiu da moto." As palavras de Gilvan,
filho do cacique morto, confirmam as conclusões da perícia policial, mas
contrastam com o texto do coordenador regional da Funai, Ivã Bocchini, postado
no blog do órgão, que sugeria a hipótese de assassinato. O cacique "era
como um chefe de Estado", escreveu Bocchini, exigindo que "seja
apontada a verdadeira causa da morte" e celebrando "a luta do povo
Tenharim".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/demetriomagnoli/2014/01/1396275-o-arco-a-flecha-e-o-aviao.shtml
Onde já se viu um grupo étnico
cobrar pedágio, das pessoas que passam por Rodovias Federais em terras que são
ou foram suas? Cobrança de pedágio é próprio de um ente estatal ou
concessionária, por este delegado. Firmando nesse raciocínio daria direito às
famílias de todos os Estados do Brasil cobrarem pedágios em terras que foram
suas e/ou de seus antepassados, mas desapropriadas pela União ou pelos Estados
da Federação, para passagem de rodovias.
O cacique Aurélio Tenharim, mesmo
com o pedido do Gen. Vilas Boas, Comandante Militar da Amazônia para que
parassem de cobrar pedágio, afirma de forma categórica: “Deixemo
claro que a casa onde foi destruído vai ser construída agora esta semana e dia
1º volta a funcionar”. Diz ainda: que cobrar pedágio é o que os
flanelinhas na cidades. Isso mostra que ele está bem informado ou alguém de
fora pôs em sua boca, tal argumento. Jornal Nacional de 07.01.14.
Segundo o cacique, cobram pedágio
por ser a única fonte de renda do seu povo. O índio tradicional pesca, caça,
planta roça, extrai frutos da floresta, etc., ou eles têm sido orientados a não
exercer essas atividades por serem obrigação dos brancos o manterem? É sabido
que há programas sociais do Governo Federal voltados para as populações
indígenas. A Funasa foi criada para cuidar da saúde indígena. Quando estes
adoecem e os recursos médicos nas aldeias não são suficientes, são estes
transportados de avião para os centros onde há recursos médico-hospitalares.
Privilégio esse que não possuem as populações ribeirinhas.
Diante desses fatos é hora de
medidas imediatas que vissem sanar essa leniência do Poder Público, com vistas
a resolver o problema dos tenharins com a população da cidade Humaitá, bem como
os demais conflitos nos estados: Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul,
etc. Não só é bom para a pacificação desses povos, como o contribuinte
agradece. Também a opinião pública internacional está avaliando a competência
do Governo Brasileiro em tratar esses conflitos fundiários, assim como o
relacionamento das comunidades indígenas coma as populações em sua volta.
A hora urge decisões eficazes!
Manoel Soares Cutrim Filho, graduado em Direito e em Ciências Contábeis pela UNB, advogou por mais de 25 anos, Ex-Auditor Federal de Controle Externo do TCU. Discípulo de Cristo em Caldas Novas - GO. E-mail: cutrim@terra.com.br
Assistam também o discurso feito no Plenário do Senado, pela Sen. Kátia Abreu, do Estado de Tocantins, sobre o assunto.
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