23/06/2014
11h13 - Atualizado em 23/06/2014 14h54
Mulher deu à luz na prisão após ter sido condenada
por negar o Islã.
Sentença provocou fortes críticas de vários
governos ocidentais.
Uma sudanesa cristã condenada à morte por negar o Islã foi libertada após dar à luz na prisão, informou um de seus advogados nesta segunda-feira (23). "Meriam foi libertada há cerca de 1 hora", afirmou o advogado dela, Mohamad Mustafa.
A condenação à
forca de Meriam Yahia Ibrahim Ishag no dia 15 de maio provocou fortes críticas
de vários governos ocidentais e grupos de direitos humanos.
Filha de
muçulmano, a mulher foi condenada pela lei islâmica, que proíbe conversões,
depois de ter se casado com um cristão, com quem já tinha um filho de 1 ano e 8
meses.
Ela também foi
condenada a 100 chicotadas por adultério, já que, segundo a interpretação
sudanesa da sharia (a lei islâmica), as uniões entre uma muçulmana e um não
muçulmano são consideradas traição conjugal.
Quando foi
condenada, a mulher estava grávida e deu à luz uma menina 12 dias depois do
veredicto.
Após o parto,
foi levada da cela que dividia com seu primeiro filho e outras mulheres para o
hospital da prisão.
Mustafá e
outros quatro advogados especializados em direitos humanos se encarregaram da
defesa da jovem, gratuitamente. Vários líderes políticos e religiosos europeus
pediram que fosse revogada a "sentença desumana" pronunciada contra
ela.
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