Dom Aloísio Roque Oppermann
TERÇA, 04 FEVEREIRO 2014 15:07
GARLIX
Dom Aloísio Roque Oppermann
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)
Se os serviços públicos são
geridos por empresas particulares, ou pelo governo, é uma questão de
eficiência. Não é de ideologia política. Mas não esqueçamos que os serviços
públicos “gratuitos” alguém os precisa pagar. A passagem de ônibus eu posso pagar
do meu bolso, diretamente para a companhia particular, que presta esse serviço.
Ou eu entrego essa mesma contribuição ao governo, para que ele a administre. Não existe jantar gratuito. O socialismo sempre
fascinou a mente humana, porque parece ser mais justo, e atender melhor à parte
mais pobre da humanidade. Isto, precisamente, sempre foi o ponto fraco do
capitalismo: não ter plano de salvação para os perdedores. Mas o socialismo
carrega consigo uma mancha execrável. Não é capaz de respeitar o que é inerente
ao ser humano, que é a sua liberdade. Como não conseguirá jamais se estabelecer com a concordância dos
cidadãos, precisa se impor à força. As cabeças de quem pensa, e é cioso em
permanecer livre, rolam inexoravelmente. Esse regime é o mais catastrófico da
história, tendo assassinado mais de 80 milhões de rebeldes. Tornou-se uma
mancha na história da humanidade.
No Brasil, alegremente
estamos correndo para os braços das ditaduras. Sem pejo nenhum, e sem falsete
no rosto dos nossos dirigentes, temos relações diplomáticas preferenciais com
nações, onde as liberdades individuais são uma quimera. As visitas oficiais a
certos países, de visceral princípio socialista, são uma constante. A
importação de médicos estrangeiros (não quero duvidar de sua competência
profissional), tem como objetivo acostumar nossa população com as belezas do
socialismo. Os gastos financeiros com doações em favor de nações mais pobres
(todas socialistas), são uma constante. Os Black Blocs, quebrando com grande
satisfação os Bancos, mostram que já estão infectados com esse vírus,
francamente anti-livre mercado. Os que querem os serviços públicos todos
gratuitos, vivem de um delírio deplorável. Tudo está sendo feito à luz do sol.
Os condutores da nação terão o direito de dizer: “eu avisei”. É muito provável
que entre os condenados pelos crimes do mensalão, já se encontrem aqueles que,
no futuro, serão os dirigentes da Nação.