16/04/2015
às 23:01 \ Intervencionismo, Legislação
Meus amigos Flavio
Quintela e Bene Barbosa me deram de presente durante o Fórum da Liberdade seu
novo livro Mentiram
para mim sobre o desarmamento, uma espécie de sequência escrita
agora a quatro mãos do anterior Mentiram (e muito) para mim,
que tive a honra de escrever a orelha. O livro novo é um fulminante ataque aos principais
argumentos, ou melhor, às falácias disseminadas pelos defensores do
desarmamento civil. Não fica pedra sobre pedra.
O prefácio também merece menção, pois o
coronel Jairo Paes de Lira demonstra grande poder de síntese, exortando, ao
final, os leitores “a estudar a obra e a utilizar esse arsenal intelectual no
renhido combate em que todos temos o dever de engajar-nos por nossa causa
comum, que é de uma Pátria livre dos grilhões da covardia, onde cada brasileiro
seja dotado de disposição e de meios materiais para exercer a autodefesa,
direito natural de todas as gentes”.
Cada capítulo refuta uma típica falácia dos desarmamentistas,
tão repetidas pela grande imprensa e pelas ONGs endinheiradas que recebem
verbas inclusive do exterior. O uso de meias verdades ou estatísticas
distorcidas e espúrias gera um efeito ainda mais perverso, pois uma grande
mentira acaba sendo contada para a população de forma mais convincente. Mas a
tática é exposta pelos autores e desnuda os mentirosos e suas manipulações.
O aspecto histórico é trazido à baila também, mostrando como
todos os tiranos tentaram desarmar a população, não, obviamente, por alguma
preocupação com seu bem-estar, mas sim para facilitar a conquista do poder e
impedir qualquer resistência. Se Mao e Lenin não desejavam uma população
armada, os “pais fundadores” dos Estados Unidos julgavam o direito de ter e
portar armas algo inalienável. O tempo mostrou quem realmente lutava pela paz e
liberdade.
A visão paternalista de esquerda, que transforma o estado num
pai benevolente, é fortemente atacada pelos autores, que reforçam a importância
da responsabilidade individual. A própria mentalidade que transforma a arma –
um objeto inanimado – no vilão, muitas vezes tratada como a autora do crime,
mostra como esses “intelectuais” de esquerda perderam contato com a realidade.
Arma não mata; quem mata é o homem. Uma obviedade bastante ignorada.
Quem defende o desarmamento tenta argumentar que a existência de
mais armas legais acaba fomentando a violência e o crime. Nada mais falso. Se a afirmação fosse verdadeira, o Brasil seria um oásis
pacífico, pois possui, desde 2004, um dos modelos mais restritivos para posse
de arma. Já a Suíça ou mesmo os Estados Unidos seriam um faroeste caboclo, e
não países com baixíssimos ou baixos índices de criminalidade.
A ideia de que as armas usadas pelos criminosos vêm dos cidadãos
de bem também não se sustenta em fatos, como mostram os autores. A imensa
maioria vem do mercado negro mesmo. O desarmamento, portanto, atinge somente o
cidadão ordeiro, cumpridor das leis. E a garantia de que ele estará desarmado
é, claro, um estímulo e tanto para os marginais, que temem mais a reação da
potencial vítima, que se estiver armada poderá matá-los em legítima defesa, do
que a própria polícia, que precisa ler seus direitos e prendê-los.
Acidentes envolvendo crianças é uma grande preocupação dos
desarmamentistas – e de todos, na verdade, mas é outro mito derrubado pelos
autores, que mostram como esse tipo de acidente é quase insignificante nas
causas de mortes infantis. Acidente de carro, afogamento e sufocamento são
muito mais relevantes.
Uma arma de
fogo nivela forças desproporcionais, o que favorece a chance de defesa dos mais
fracos, como as mulheres, os idosos ou o indivíduo contra um grupo. Ao retirar
esse instrumento dessas pessoas, o estado as torna mais vulneráveis. O livro mostra como milhões de vidas poderiam ser salvas –
e são, onde há mais liberdade para ter armas – pelo fator defensivo das armas,
e seu poder de dissuasão. Eis algo totalmente ignorado pelos desarmamentistas.
Enfim, trata-se de uma leitura obrigatória não só para quem se
interessa pelo assunto, mas também por quem se interessa pela manutenção ou
busca das liberdades em geral. O que fica claro é que o desarmamento é uma
forma de controle social com uma agenda oculta por trás das nobres aparências.
É uma medida típica da esquerda totalitária, que nunca aceitou conviver com a
liberdade de escolha dos indivíduos. Cabe a todo cidadão decente lutar pela
preservação de tão básico direito, mesmo que escolha não fazer uso dele. Os
outros devem ser livres para escolher diferente, e tal escolha acaba gerando
mais segurança, não menos.
PS: Onde vou morar nos próximos anos o índice de homicídios é
baixíssimo, menos de um décimo do carioca. E muito mais gente tem arma por lá. Sinto-me
mais seguro assim, do que sendo obrigado a confiar somente na polícia para conter
os criminosos, que jamais se sensibilizam com os “argumentos” dos
pacifistas desarmamentistas.
Rodrigo Constantino
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/legislacao/o-desarmamento-como-estrategia-de-poder-da-esquerda-totalitaria/
Você também poderá ler e/ou assistir sobre o assunto:
- Padre Paulo Ricardo - A Igreja e o
desarmamento. Somos pacíficos e não "pacifistas".
Devo ser
pelo desarmamento? As pessoas têm o direito de ter amas?
Veja o
que diz o Padre Paulo Ricardo.
- Bené Barbosa,
especialista em segurança, desmonta Estatuto do Desarmamento no the Noite, de Danilo
Gentili
25.05.15
Clubes de Tiros – Matéria Esclarecedora
- Com um fuzil atrás de cada árvore
- Existe
correlação entre o uso de armas de brinquedo e o aumento da violência?
- Desarmar a População de Bem é do
Interesse dos Governos Autoritários, em Todo o Mundo!
- Existe correlação entre o uso de
armas de brinquedo e o aumento da violência?
- ONG Viva Rio quer desarmar inocentes
enaltecendo Che Guevara
- Sobrevivente de Hitler Condena o Controle
das Armas - Katie Worthman
- Legítima defesa com armas não é um mito
- Dois Dedos de Prosa com Rachel
Sheherazade
A conhecida
repórter faz colocações muito interessantes para a cidadania!