Faço breves comentários ao excelente artigo de Charles Gave, renomado economista francês. Esta pessoa é autocrítica em relação até ao país de nascimento: A França. O artigo do referido economista publicado por Rodrigo Constantino, no seu post: A HISTÓRIA SE MOVE NOVAMENTE… OU: A UE ERA UM PROJETO SOCIALISTA FRANCÊS QUE FOI ABORTADO PELOS INGLESES. Os encorajo e os desafio a ler e a divulgar o conteúdo deste post para as pessoas sérias possam entender que a União Europeia – UE, é uma ideia muito bem orquestrada de ressurgimento da FALIDA UNIÃO SOVIÉTICA. A Super República encabeçada pela Rússia e dirigida pelos Burocratas do Politburo (Comité dos Partidos Comunistas do Leste Europeu e do Partido Comunista de Cuba), o mesmo que está acontecendo com a UE, dirigida pelos EUROCRATAS!
Estes são comentários do titular deste blog.
Margaret Thatcher e Ronald Reagan, dois ícones te contribuíram para barrar o ‘império do mal’, no dizer de Charles Gave |
VAMOS
TENTAR RESUMIR MAIS UM POUCO ESTE CONTEÚDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Por Charles Gave *
A
Grã-Bretanha e os Estados Unidos tiraram a ideia da liberdade individual dos
evangelhos do Novo Testamento e tentaram construir sociedades em torno do
objetivo da liberdade; sua ferramenta política foi a democracia e sua abordagem
econômica dependia do livre mercado sustentado pelos direitos de propriedade.
Em contrapartida, a contribuição francesa para a idade da razão foi, como nos
primeiros dias do cristianismo, construir uma sociedade enraizada na
“igualdade”. A ferramenta política para alcançar este fim era a tecnocracia
sustentada por um modelo econômico dependente do dirigismo do governo, cujas
elites não eram verificadas pelas classes proprietárias.
O
Islã, pelo contrário, criou como seu principal objetivo chegar a um estado em
que a sociedade estivesse em “submissão” à vontade de Deus expressa no Corão –
Islã literalmente se traduz como submissão. A ferramenta política para alcançar
este fim tinha que ser a teocracia (nenhuma separação entre o Estado, direito e
religião). O efeito desta abordagem, exigindo a proibição de juros cobrados
sobre o capital próprio, foram séculos de estagnação econômica e cultural.
No
outono de 1989, quando se tornou claro que a União Soviética, verdadeira
herdeira intelectual e organizacional da Revolução Francesa, estava em declínio
terminal, eu cheguei a duas conclusões principais:
1) Que
a morte das ideias francesas criaria um vácuo e que algum tipo de guerra religiosa
surgiria para preencher o vazio.
2) Tal
luta teria lugar entre os EUA e o mundo islâmico já que a liberdade, ao
contrário das ideias francesas de igualdade sustentada pela tecnocracia, é
fundamentalmente incompatível com a submissão.
O que
eu não esperava, no entanto, eram dois acontecimentos que se desenrolaram
depois de 1990. O primeiro foi que uma série de governos dos EUA seriam
suficientemente incompetentes a ponto de perder a guerra a que foram tragados.
O segundo foi que os defensores das ideias francesas tentariam recriar uma
União Soviética “nova e melhorada”, usando o “projeto” da União Europeia como
sua ferramenta. Nos 20 anos seguintes, isso foi apenas o que os tipos como
Jean-Claude Trichet, François Mitterrand, Jacques Delors, Jacques Chirac e
Nicolas Sarkozy se esforçaram para alcançar. Estes “visionários” iriam recriar
uma União Soviética melhorada, que se tornaria o adversário filosófico genuíno
dos EUA, só que desta vez isso seria feito corretamente.
Tornou-se
óbvio que esta era a sua grande ideia quando se criou o euro, e desde então
estou convencido de falha final do projeto pela razão lógica simples de que
deve-se assumir que as mesmas causas produzem os mesmos efeitos.
Curiosamente,
esta tentativa de recriar a União Soviética “soft” foi recebida com entusiasmo
por uma nova “classe dominante” dos capitalistas de compadrio nos EUA, que
encontraram uma causa comum, a dos tecnocratas da Europa, uma vez que assumiram
os bancos centrais a fim de ganhar o controle de suas economias locais. Juntos,
esse grupo de “homens de Davos” tentou tocar nossos negócios por meio de um
governo mundial “informal”. Em seu livro de memórias, Margaret Thatcher argumentou que
esta nova elite representava, de longe, o maior risco para as democracias. Assim,
desde 1998, pelo menos, temos vivido sob o jugo de uma aliança profana de
tecnocratas europeus e plutocratas americanos.
No entanto, o resultado do
referendo britânico muda tudo, já que essas ideias são, em última análise,
incompatíveis com o “ethos” do Reino Unido e provavelmente em breve se
mostrarão incompatíveis com aqueles da Holanda, Polônia e Suécia, para citar
alguns. A resistência está aumentando em toda a UE ...
Mas,
como eu esperava, a nação britânica escolheu abandonar suas algemas e recuperar
sua liberdade perdida. Ao fazê-lo pode, mais uma vez, salvar o resto da Europa.
O referendo da
última quinta-feira entregou a melhor notícia europeia desde que Margaret
Thatcher tornou-se primeira-ministra da Grã-Bretanha em 1979, já que ela,
sozinha, derrotou os marxistas que estavam mantendo o Reino Unido refém.
A eleição de
Thatcher e logo depois a de Ronald Reagan nos EUA marcaram o momento em que o
“império do mal” começou a recuar.
... eu
não tenho nenhuma dúvida de que o povo britânico está no caminho certo. Como
meu pai, um soldado francês, costumava dizer: “O inglês perde todas as batalhas
e ganha todas as guerras”.
*
Sócio-fundador do GaveKal Research. Tradução livre.
Fonte:
http://rodrigoconstantino.com/artigos/historia-se-move-novamente-ou-ue-era-um-projeto-socialista-frances-que-foi-abortado-pelos-ingleses/
Sobre o mesmo assunto também poderá
ler no meu blog:
O QUE ESTÁ POR DETRÁS DA SAÍDA DA GRÃ-BRETANHA DA UE?