Apresento um resumo de um poste do blog do Rodrigo Constantino, onde autora de forma magistral, mostra o que porquê do Projeto de Lei da Escola Sem Pardido. Miuito interessante! Leia e tire as suas conclusões.
Por Jenifer Castilho, publicado pelo Instituto
Liberal
Resolvi
escrever esse texto devido às inúmeras mentiras que tenho visto circular na
internet sobre o Projeto Escola Sem Partido. É o desespero dos doutrinadores.
Alguns, apenas distorcem as palavras do projeto e divulgam. Outros, nem o leram
e passam as mentiras adiante. Típico de internet.
Estudei em
colégio particular e público, universidade particular e pública também, e
durante minha vida acadêmica, os professores só me mostraram um lado da moeda.
Aquele clássico: o capitalismo é malvado, o socialismo é bonzinho, a
necessidade da luta de classes, e o sócio-construtivismo. E por isso, durante
grande parte da minha vida, eu odiava os Estados Unidos sem saber o porquê,
também achava que o capitalismo era a raiz de todos os males e, quando entrei
na universidade, comecei a achar que a religião, inclusive a minha, era o ópio
do povo.
Como aluna de
pedagogia, fui muito criticada quando defendi o ensino tradicional, pois todos
os professores só concordavam e aceitavam a abordagem construtivista. Sabendo
dessa lavagem cerebral que acontece dentro das salas de aula é que o projeto
Escola sem Partido afirma que deve haver “o reconhecimento da vulnerabilidade
do educando como parte mais fraca na relação de aprendizado”. Afinal, o aluno
ainda está formando seu caráter, e o professor não pode se “aproveitar da
audiência cativa dos alunos para promover seus próprios interesses, opiniões,
concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e
partidárias.”
Sei que a
maioria dos brasileiros, apesar de gostar de discutir sobre política, não tem o
hábito de ler leis, a maioria nunca nem tocou na constituição, e existem alunos
de Direito que não sabem em que ano ela foi escrita. Mas, diante da minha
indignação, venho aqui para mostrar a verdade sobre o Projeto.
Eu, como
participante da faculdade de educação da UERJ, já presenciei dos meus colegas
argumentos como: “o projeto ameaça nossa profissão”, “é a lei da mordaça”, “não
tem como lecionar sem apresentar ideologias”. Mas o que é ideologia, afinal?
Ideologia é a reunião das certezas pessoais de um indivíduo, de um grupo de
pessoas e de suas percepções culturais, sociais, políticas, etc. Então, de
acordo com o projeto, eu, como professora cristã, não poderei ensinar a um
aluno espírita que minha religião é melhor que a dele, por exemplo. E isso é
errado? Claro que não! Meu dever não é de evangelizar em sala de aula, não é de
converter o aluno a um lado ou outro. Esse é um papel da família.
Outro argumento
que ouvi foi: “O projeto é contra o senso crítico e debates de assuntos
polêmicos.” O Projeto defende a neutralidade política, ideológica e religiosa
do Estado, neutralidade política não significa que o projeto é contra o senso
crítico; pelo contrário, ele quer que seja apresentado e discutido os dois
lados da moeda: “ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas,
o professor apresentará aos alunos, de forma justa – isto é, com a mesma
profundidade e seriedade – as principais versões, teorias, opiniões e
perspectivas concorrentes a respeito da matéria.” O professor pode ser de
esquerda ou de direita, mas não pode impor o que ele pensa como verdade
absoluta, nem prejudicar o aluno caso ele não concorde com sua posição
política: “o professor não favorecerá, não prejudicará e não constrangerá os
alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou
religiosas, ou da falta delas.”
Afinal, o que
tem de tão assustador no projeto para ter tanta mobilização contra ele?
A resposta está
no livro Maquiavel Pedagogo de Pascal Bernardin. O autor reúne
documentos e pesquisas que mostram que a doutrinação que acontece na educação
atual é decorrente de uma revolução pedagógica proposital com a finalidade de
mudar os valores das pessoas e implantar uma nova sociedade.
No livro, é apresentado o documento publicado pela UNESCO com
o nome A Modificação das Atitudes. Nele estão listados os seguintes
objetivos: realizar uma transformação profunda na sociedade, modificar as
atitudes na educação para conseguir uma reconversão ou uma reeducação dos
valores, manipular a cultura, entre outros, ou seja, é uma reforma cultural. E
para conseguir chegar nesses objetivos, os métodos que a UNESCO descreve ser
necessário usar são:
– Buscar auxilio político, midiáticos dos formadores de
opiniões, ou seja, usar blogueiros, artistas, políticos;
– Ampliar o poder e influência de ação de grupos, pois grupos
separados são vistos como algo bom para a revolução cultural enquanto que a
família é vista com efeito negativo sobre a criança;
– Programas de ações desenvolvidas para os pais, para
conseguir que eles façam parte da revolução e não atrapalhem o trabalho da
escola;
– Formação ativa e direcionada para os professores, para que
os professores aprendam a doutrinar.
A UNESCO afirma
que para que essas mudanças sejam implantadas na sociedade é preciso bloquear outros canais de transmissão de valores,
como a família, ou seja, segundo eles, deve-se tirar o poder de educar dos pais
e transferir para o Estado. E perceba que é exatamente contra isso que o
Escola Sem Partido está lutando quando afirma: “O
professor respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação
moral que esteja de acordo com suas próprias convicções. ”
A revolução busca submeter o indivíduo ao Estado tanto em seu
comportamento quanto em seu psiquismo e ser, ou seja, aumentando a permanência
da criança na escola, a influência do professor e o poder do Estado sobre a
escola, o Estado conseguirá controlar os valores das pessoas e seus
comportamentos. É o admirável mundo novo de Aldous Huxley.
O Escola Sem Partido, como o nome mesmo diz, é apartidário e
por isso causa tanto medo naqueles que tem como objetivo de transmitir somente
suas ideias políticas e doutrinadoras aos alunos. Você não precisa ser de
direita para concordar com o projeto, precisa apenas ser honesto.
*Jenifer
Castilho é estudante de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro.
Fonte: http://rodrigoconstantino.com/artigos/verdade-sobre-o-escola-sem-partido/
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