Um
pouco atrasado, resolvi postar esse artigo, fazendo alusão aos 500 anos da Reforma Protestante. Muitos líderes
religiosos já vinham se incomodando (alguns até perderam a sua vida), contra as
práticas e doutrinas da Igreja Romana, de então. Isso levou Martinho Lutero no
dia 31 de outubro de 1517, a afixar as 95 teses na porta da igreja do Castelo
de Wittenberg, teses essas que se contrapunham às doutrinas, procedimentos e
costumes da Igreja Católica Romana, da época.
Os
princípios da Reforma Protestante são conhecidos como as “Cinco Solas”, onde
essas frases latinas começam com a palavra sola,
que em português significa somente. Nelas, constam os cinco conceitos que devem
ser respeitados pelos cristãos que aderiram a reforma.
O
primeiro princípio: Sola Fide (Somente a Fé), diz que a justificação
é recebida somente pela fé e não por boas obras.
O segundo princípio: Sola Scriptura (Somente as Escrituras), a
Bíblia como única fonte autorizada e doutrinária dos cristãos.
O terceiro princípio: Solus Christus (Somente Cristo), que
Jesus é o único mediador entre as pessoas e Deus.
O quarto princípio: Sola Gratia (Somente
a Graça), é o ensinamento de que a salvação é uma graça divina, um
favor não merecido.
O quinto princípio: Soli Deo
Gloria (Glória Somente a Deus), reforça que toda glória deve
ser dada somente para Deus.
Menciono alguns benefícios
da Reforma Protestante para a sociedade Ocidental e onde ela foi assimilada:
A tradução e a leitura da Bíblia para a língua
do povo de cada nação (antes a Bíblia era escrita só em latim ou
grego, era e ainda é privilégio de poucos conhecerem essa língua) ajudou em
muito a diminuir o número de analfabetos. Na idade Média havia até reis e não
poucos, que eram analfabetos.
A partir da Reforma Protestante ficou
claro o acesso direto a Deus sem a necessidade de um
Mediador Humano, como a Igreja Católica impunha naquele tempo.
Trouxe
uma vitalidade à democracia vista até então, somente na Grécia Antiga.
Incentivo
às liberdades individuais, os direitos civis e a liberdade religiosa.
Na
Idade Média o trabalho era visto como um castigo de Deus, mas na Reforma
Protestante passou a ser encarado como um dom de Deus, que deve ser valorizado
e cultivado. Isso levou as nações que adotaram a Reforma Protestante a
valorizarem o trabalho, e por consequência, essas nações enriqueceram-se, em
contraste com aquelas que ainda viam o trabalho como uma maldição de Deus.
O
crescimento técnico e científicos foi vertiginoso, com o estímulo à de pesquisa,
sem o controle e censura da Igreja Romana, como antes.
O
racha dentro do cristianismo sem dúvida existiu, mas o desafio hoje é
explorarmos mais o que temos em comum, do que as nossas diferenças,
independente da denominação cristã que estamos filiados.
Devemos
focar menos nos muros que nos separam e mais nos braços que nos unem.
Assista
vídeo bem curto, a seguir, que reforça o que menciono acima.
Manoel Soares Cutrim Filho, Discípulo de
Cristo em Caldas Novas – GO, esposo, pai e patriota.