terça-feira, 2 de outubro de 2012

A IMPORTÂNCIA DE CALCULAR O PREÇO


Introdução

Muitas pessoas fecham os olhos durante a vida inteira para não verem a salvação, recusando-se a considerar qual o preço real que deve ser pago por quem deseje ser um cristão autêntico.
As pessoas as quais me refiro não são indiferentes a Deus. De fato, pensam muito Nele. Também não são ignorantes quanto a Ele, mas o maior defeito delas é que não estão FUNDAMENTAS E ARRAIGADAS NA SUA .
Com muita frequência, o conhecimento que adquiriram foi obtido em segunda mão, por pertencerem a famílias cristãs, ou por haverem sido treinados em instituições cristãs, embora nunca tenham passado pela experiência pessoal da conversão.
Via de regra, fizeram alguma apressada confissão religiosa sob a pressão das circunstâncias, devido a motivos sentimentais, por causa de uma emoção natural, ou por causa do vago desejo de serem como outras pessoas que vivem junto, embora sem desfrutarem de qualquer sólida operação da graça divina em seus corações.
Pessoas nestas condições estão correndo um imenso perigo. São precisamente estas pessoas, se os exemplos bíblicos têm algum valor, que precisam ser exortadas a “CALCULAR O PREÇO”.
Este texto pretende também ser um instrumento para nos ajudar a sermos criteriosos quando da pregação do evangelho do reino. É fundamental discernir junto aos contatos se a “boa notícia de Deus” ficou bem entendida

Exemplos

1.    OS FILHOS DE ISRAEL NO DESERTO
Não calcularam o preço. Saíram alegres e felizes, pois haviam visto os feitos de Deus, e com isto achavam que nada os poderia deter. Quando encontraram perigos e dificuldades no caminho, a sua coragem não demorou a esfriar. Não pensaram que encontrariam obstáculos. Dessa maneira, quando inimigos ou provações, ou fome e sede começaram a testá-los, eles murmuraram contra Moisés e contra Deus. Em uma palavra eles não haviam calculado o preço.
2.    OS OUVINTES DE JESUS
Por não terem calculado o preço muitos dos ouvintes de Jesus retrocederam após algum tempo: “... o abandonaram e não andavam com Ele” (Jo 6:66). Quando viram os Seus milagres eles pensaram que o “reino de Deus iria se manifestar imediatamente” e colocaram-se ao lado dos apóstolos. Mas quando descobriram que havia doutrinas difíceis de serem cridas e vividas, um trabalho árduo a ser realizado, um tratamento adverso a ser enfrentado, o seu entusiasmo esfriou prontamente, mostrando que não tinham calculado o preço.
3.    O REI HERODES
Por não querer calcular o preço, o rei Herodes retornou aos seus antigos pecados e destruiu a sua própria alma. Ele gostava de ouvir João Batista pregando. Herodes ficava “perplexo” e honrava João como um homem justo e santo (Mc 6:20). Porém, ao descobrir que deveria desistir de sua querida Herodias, sua cunhada, com quem vivia, sua disposição desmoronou por completo. Ele não havia contado com isso. Não havia calculado o preço.
4.    DEMAS
Por não querer calcular o preço, Demas abandonou não a companhia de Paulo, mas também o evangelho, a Cristo e o Céu. Durante muito tempo viajou com o Apóstolo dos Gentios, tendo sido um dos seus “colaboradores”. Todavia, quando descobriu que não poderia ter a amizade deste mundo, paralelamente à amizade de Deus; desistiu do seu cristianismo e apegou-se ao mundo. (II Tm 4:10). Ele não havia calculado o preço.


5.    NOSSAS EXPERIÊNCIAS
Assim também tem sido conosco. Alguns dos nossos ouvintes, por não terem calculado bem o preço, por muitas vezes chegam a um fim miserável. No começo sentem-se animados e excitados, falando daquilo que não experimentaram. Recebem a palavra com alegria tão grande que nos deixam admirados. Durante algum tempo correm com um zelo tal, e com um fervor que parecem ultrapassar a todos. Falam e trabalham com tão grande entusiasmo que fazem com que os mais velhos se sintam envergonhados. Porém, quando a novidade e o frescor dos seus sentimentos diminuem, passam por uma radical transformação. Estes se enquadram na descrição dada por Jesus. O Senhor disse: “... em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza” (Mt 13:21). Pouco a pouco os seus lugares vão ficando vagos, e eles não mais são vistos entre os cristãos. Mas, por quê? É que nunca haviam calculado o preço.
6.    CAMPANHAS EVANGELÍSTICAS
Por não se disporem a calcular o preço, muito daqueles que se convertem através de campanhas evangelísticas voltam ao mundo após algum tempo, trazendo vergonha ao cristianismo. Eles começaram com uma noção tristemente equivocada acerca do cristianismo autêntico. Eles imaginam que não consiste em outra coisa além daquilo que se convencionou chamar de “VIR A CRISTOouACEITAR JESUS”, em meio a fortes sentimentos de alegria e paz. Assim, quando, após algum tempo, descobrem que há uma cruz que precisa ser tomada, que os seus corações são enganadores, que o caráter precisa ser tratado, e queum diabo ativo ao seu lado, eles se desgostam e voltam aos seus antigos pecados. Infelizmente, nunca haviam calculado o preço. 

Conclusão

Ouso dizer que seria ótimo se o dever de calcular o preço fosse mais frequentemente ensinado do que é.
A pressa impaciente é a ordem do dia. Conversões instantâneas e paz imediata são os únicos resultados que eles parecem querer obter com a pregação do evangelho. Produzi-las parece ser a grande finalidade e objetivo de todos os seus esforços, conforme as aparências indicam.
Que ninguém entenda mal o que tencionamos dizer. Aprovamos inteiramente o oferecimento de uma salvação plena, gratuita, imediata e presente aos homens, em Cristo Jesus. Porém, insistimos que essas verdades não deveriam ser apresentadas aos homens de um modo cru, isolado e solitário. Deveríamos dizer honestamente aos homens o que eles deveriam esperar, se é que professam o desejo de sair pelo mundo a fim de servirem a Cristo, sem serem informados acerca do que está envolvido na guerra cristã.
Em suma, deveríamos dizer-lhes honestamente que lhes convém calcular o preço.
Porventura alguém diria se era assim a prática seguida pelo Senhor Jesus.
Vejamos o que registra o evangelho
Lucas 14:25-33. Uma grande multidão ia acompanhando Jesus; este, voltando-se para ela, disse: "Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo. "Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’. "Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz. Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.

Queremos afirmar claramente que não conseguimos conciliar esta passagem com a maneira de muitos mestres religiosos. E, no entanto, para a nossa maneira de pensar, essa doutrina que nos ensina a calcular o preço é clara como a luz do meio-dia. Ela nos mostra que não podemos levar ninguém a confessar ser discípulo de Cristo, sem antes ter calculado o preço.
Porventura alguém gostaria de indagar qual teria sido a prática seguida pelos mais eminentes pregadores do evangelho: Gostaríamos de asseverar que todos eles, a uma voz, dão testemunho da sabedoria do Senhor ao tratar com as multidões. O clamor constante deles era: “não vos deixeis enganar. considerai o que estais fazendo. Não correi antes de serdes chamados. Calculai o preço”.
Se desejamos fazer o bem, nunca nos envergonhemos de seguir os passos de nosso Senhor Jesus. Trabalhemos arduamente em favor dos nossos semelhantes, sempre que tivermos oportunidade. Levem-lhes a considerarem os seus caminhos. Instemos com as pessoas, com santa violência, para virem, para depor as suas armas, para se renderem a Deus.
Ofereçamos-lhes a salvação, uma salvação preparada, gratuita, completa e imediata.
Destaquemos a pessoa de Jesus e todos os seus feitos. Contudo, em todo o nosso trabalho digamos a verdade, a verdade completa. Não seria honesto oferecer um contrato para alguém assinar rapidinho, e depois dizer que este contrato tinha umas letras miudinhas que falavam sobre o preço e quem assinou não sabia.
Tenhamos vergonha de usar os artifícios vulgares de um sargento recrutador. Não falemos apenas do uniforme, o soldo e a glória; falemos também sobre o inimigo, as batalhas, a armadura, a vigilância, as marchas e o treinamento árduo.
Não exponhamos apenas um lado do cristianismo.
Não ocultemos dos ouvintes a CRUZ DA AUTONEGAÇÃO que eles precisam tomar.
Expliquemos claramente tudo quanto está envolvido no cristianismo.
ACIMA DE TUDO É FUNDAMENTAL, E, PORTANTO, NÃO PODEMOS ESQUECER, CHECAR SE FORMOS BEM ENTENDIDOS. PRECISAMOS OBTER O QUE O OUVINTE ENTENDEU DO EVANGELHO PREGADO.

Autor: Desconheço a fonte desse belo e profundo escrito!

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