27 de agosto de
2014 • 10h26 • atualizado às 10h27
Escola Sem
Partido e outras entidades acusam exames nacionais de instrumentos de
ideologização
Foto: Deyvison Quirino / Divulgação
A pluralidade de ideias está
garantida na Constituição brasileira. Mas, volta e meia, alguém põe em xeque
esse direito em sala de aula - seja professor ou aluno. Em um ano eleitoral, é
ainda mais importante refletir sobre os limites entre o ensino e a propaganda
política.
Professores e profissionais
ligados à educação, sejam de direita ou de esquerda, concordam que o colégio
deve ser um espaço de aprendizado livre de doutrinações ideológicas. Ainda assim,
alguns casos geram polêmicas sobre a isenção de professores e entidades. Para
combater o problema, a Federação Nacional das Escolas Privadas (Fenep) e a ONG
Escola Sem Partido realizaram, em julho, o 1º Congresso Nacional sobre
Doutrinação Política e Ideológica nas Escolas.
Para
Nagib, a dominação da esquerda nas escolas e universidades seria fruto de uma
tática de dominação. “É uma estratégia de ocupação de espaços que a esquerda
usou inspirada no pensamento de Antônio Gramsci, que pregava que a revolução
comunista só seria possível mediante a um processo de formação de hegemonia da
sociedade. Então a igreja foi ocupada pela teologia da libertação. A escola, os
jornais e inúmeras entidades acabaram sendo ocupadas por pessoas determinadas a
utilizar essas instituições para propagar essa ideologia.”
Disputa pela
história
Um dos campos de estudo em que mais ocorrem
disputas políticas é o da história.
Exames nacionais
A Fenep acredita
que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade) são instrumentos de ideologização dos estudantes. Amábile
acusa os exames de não se basearem no conhecimento científico e sim em
perspectivas políticas. O site da Escola Sem Partido faz coro às críticas. Eles
apontam a seguinte questão do Enade, aplicado aos estudantes de História
em 2008, como exemplo. Para Nagib, a pergunta, que tinha a opção A como resposta,
obriga os estudantes a serem favoráveis ao aborto.
PS.:Tomo a liberdade
de adicionar o vídeo de 4’38”, a seguir, onde uma jovem professora de Santa Catariana, Ana Caroline Campagnolo que denuncia a
audácia de uma diretora que usou um encontro de professores para ‘fazer a cabeça’
dos mesmos, na doutrinação esquerdista dos alunos. Interpelada pela jovem
professora se os pais não concordarem, esta respondeu: “Não existe o pai querer
ou não querer, quem manda na educação não são os pais...”
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