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22/01/2015 - 11:30
Terapeuta ocupacional e
magistrado enfrentam processos na Inglaterra
por Jarbas Aragão
Uma cristã que trabalha em um
hospital da Inglaterra está processando seu local de trabalho por ter sido
chamada de “fanática religiosa” após ter orado por uma colega muçulmana.
Victoria Wasteney, 37, vinha enfrentando problemas no trabalho desde que foi
“denunciada” por Enya Nawaz, 25, que reclamou para seus superiores da atitude
da colega.
Terapeuta ocupacional,
Victoria chegou a chefiar um departamento do Serviço Nacional de Saúde, em
Londres. Agora ela quer processar o órgão público por discriminação e alega ser
vítima de perseguição religiosa.
Ela conta que
sempre compartilhou sobre a sua fé, “Eu não sou antimuçulmana. Sempre fui
respeitosa com a fé dos outros”. A terapeuta explica que sua colega muçulmana
confessou ter algumas dúvidas sobre o islamismo e pediu que orasse por ela. O
problema é que Enya mudou de ideia, denunciou Victoria aos seus superiores e a
terapeuta acabou suspensa por 9 meses.
Victoria está
alegando que exista “má vontade” do serviço público sempre que uma questão
envolve a fé cristã. Porém, os muçulmanos têm seu direito garantido de
interromper o serviço várias vezes por dia para fazer suas orações.
Afirma ter ficado chocada, ao
saber da reclamação de Nawaz, que por sua vez alega que sofreu pressão de
outros colegas para fazer a denúncia. Um dos elementos que pesa contra Victoria
foi o fato de ela ter presenteado a colega com o livro “Atrevi-me a chamá-lo de
pai”, que conta a história de uma muçulmana convertida ao cristianismo. Existe
ainda no processo o relato que Victoria fez um convite para levá-la à igreja.
Os três elementos reforçam o argumento de proselitismo no ambiente de trabalho,
que é uma violação da lei na Inglaterra.
Andrea Minichiello Williams,
diretor executivo do Centro Legal Cristão que está oferecendo acompanhamento
legal no caso, afirma: “Estamos cada vez mais
dominados por uma agenda liberal sufocante, que optou por acomodar certas
crenças, mas castiga o cristão.”
Um outro caso
está na mídia inglesa envolvendo um cristão que usou sua fé para se posicionar.
O magistrado Richard Page disse a colegas que, por ser cristão, acreditava que
uma criança não deveria ser adotada por um casal de pessoas do mesmo sexo. Ele foi disciplinado pelo Chanceler e recebeu
uma reprimenda por “falta grave”. Agora será obrigado a passar por um
“treinamento de igualdade” antes que possa voltar a sentar-se em um tribunal.
Casado e pai de três filhos,
Page trabalhava há 15 anos no tribunal de Kent. No
processo movido contra ele, assinado pelo chefe do Departamento de Justiça, Sir
John Thomas, consta que ele violou a chamada Lei da Igualdade, que garante aos
casais gays o direito de adoção. Page teria sido “influenciado por suas crenças
religiosas e não pelas evidências do caso”. Com informações Daily Mail