23/02/2015
às 13:01
Análises políticas de um dos blogs mais acessados do Brasil
Se Arlindo Chinaglia (PT-SP) fosse presidente da Câmara, é certo que não
teria criticado o governo Dilma por seu comportamento pusilânime no caso do
sequestro e prisão do prefeito da Grande Caracas, Antonio Ledezma, ocorridos na
quinta-feira, sob as ordens do tirano Nicolás Maduro. Mas Chinaglia, felizmente
então, não preside a Casa. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sim. E ele protestou.
Em sua conta no Twitter, escreveu neste domingo:
“Não dá para os países democráticos assistirem isso de braços cruzados,
como se fosse normal prender oposicionista, ainda mais detentor de mandato”. E indagou: “Até quando o Brasil
ficará calado sem reagir a isso?”.
O PSDB também emitiu uma nota na sexta (íntegra
http://www.psdb.org.br/psdb-repudia-escalada-antidemocratica-regime-maduro-na-venezuela/)
. Lá se lê:
“É com indignação e crescente preocupação que assistimos à escalada de
violência praticada pelo governo da Venezuela contra aqueles que divergem
democraticamente do regime do presidente Nicolás Maduro.
Sob pretextos vagos, opositores têm sido detidos ou mesmo sequestrados,
como aconteceu ontem com o prefeito da área metropolitana de Caracas, Antonio
Ledezma – preso mediante coação e sem qualquer ordem judicial. Abusos já
vitimaram antes Leopoldo López e a deputada María Corina Machado.”
A nota tucana também chama o governo do Brasil à responsabilidade:
“Consideramos inconcebível que um país-membro do Mercosul continue a
desrespeitar as cláusulas democráticas que regem o bloco sem que os demais
integrantes, como é o caso do Brasil, nem sequer se pronunciem a respeito.
O Partido da Social Democracia Brasileira manifesta sua solidariedade
aos venezuelanos perseguidos pelo governo de Nicolás Maduro, repudia o ataque
perpetrado às liberdades civis e políticas e cobra do governo do Brasil a
imediata condenação às atitudes antidemocráticas cometidas pelo regime
bolivariano.”
O caminho é esse. Cunha, eu já disse aqui, não é a personagem dos sonhos
dos ditos “progressistas” no Brasil… É claro que há algo de estranho e
profundamente errado quando ditos “progressistas” apoiam uma ditadura ou
silenciam diante dela.
“Taca-le pau”, Cunha!
“Taca-le pau”, oposição!
Por Reinaldo Azevedo