Um
artigo irretocável o Leandro Narloch. No Brasil quando se fala em terceirização
é compra guerra com a CUT. A Força Sindical já se modernizou mais aceita
discutir o assunto. Enquanto estiver em vigor essa legislação protecionista para
o trabalhador só servirá para manter a estrutura dos SINDICATOS
ASSISTENCIALISTAS e DOS POLÍTICOS DEMAGOGOS, que faturam em cima das incertezas
dos trabalhadores.
FLEXIBILIZAÇÃO
DAS LEIS TRABALHISTAS JÁ! Para o bem dos nossos bravos trabalhadores (Comentário do titular deste blog).
Leiam
e tirem as suas conclusões do post a seguir:
Por: Leandro
Narloch 17/04/2015 às 12:01
Quem ataca a regulamentação da
terceirização costuma acreditar que as leis trabalhistas garantem direitos, que
sem elas os trabalhadores estariam em situação vulnerável e precária. Essas
pessoas precisam responder uma pergunta: por que os países com “melhores” leis trabalhistas exportam
trabalhadores?
Ora, se as leis que protegem os empregados têm o efeito
esperado, veríamos ingleses migrando para a Espanha e Portugal, onde é quase
impossível demitir alguém. Operários dos Estados Unidos, onde não há obrigação
de aviso prévio, multa por rescisão de contrato nem férias remuneradas,
atravessariam desertos a pé para chegar ao México, onde o custo médio de uma
demissão é de 74 semanas de trabalho.
Mas o que vemos é o contrário: os trabalhadores fogem dos
países com leis que os protegem demais. Há quase 200 mil portugueses e
espanhóis trabalhando na Inglaterra, onde é muito fácil contratar e demitir. Cerca de 4 milhões de indonésios
(segundo o Banco Mundial, um dos países onde é mais caro demitir) trabalham na
Malásia, na Austrália e também em Cingapura, onde sequer há uma lei geral de
salário mínimo.
Considere estes dois grupos de países:
1. Estados Unidos, Canadá, Austrália,
Cingapura, Hong Kong (China), Maldivas, Ilhas Marshall.
2. Bolívia, Venezuela, Guiné
Equatorial, São Tomé e Príncipe, Tanzânia, Congo e República Centro Africana
Quem acredita na mágica das leis
trabalhistas diria que elas são mais rígidas nos países do primeiro grupo.
Afinal vivem ali os trabalhadores com melhor qualidade de vida no mundo. Na
verdade, no grupo 1 estão os sete países que, segundo
o Banco Mundial, têm as leis que menos azucrinam os patrões. Já o grupo 2
reúne os sete países que mais protegem os trabalhadores. Na Venezuela, a lei
proíbe a demissão de que ganha até um salário mínimo e meio (o que faz
funcionários terem medo de serem promovidos, pois
os patrões costumam aumentar o salário para então demiti-los).
Por que multidões de imigrantes decidem ir trabalhar nos
Estados Unidos e não na Venezuela?
Eu arrisco uma explicação: países com leis trabalhistas muito
rígidas são geralmente lugares ruins para se fazer negócio. Lucro é considerado
pecado; empresários são tidos como vilões. Pouca gente se aventura a investir ou abrir vagas de
trabalho em lugares assim. Já os países onde as leis trabalhistas são mais
leves costumam ter mais liberdade para empreender, tradição de respeito à
propriedade, facilidade para investir e, por causa disso tudo, mais
oportunidades para os pobres.
É a facilidade de fazer negócios, e não um punhado de palavras
escritas no papel, que garante direitos aos trabalhadores.
@lnarloch