domingo, 12 de julho de 2009

A RATOEIRA NA FAZENDA




Um rato olhando pelo buraco na parede o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali. Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira.

Foi para o pátio da fazenda advertindo a todos: "Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa."

A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse: "Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda."

O rato foi até o cordeiro e disse a ele:
 “Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira." "Desculpe-me Sr. Rato, mas nãonada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces."

O rato dirigiu-se então à vaca. Ela disse: "O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!"
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosaA cobra picou a mulher.

 O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal - a galinha.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o cordeiro.

A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. (Autor Desconhecido).

Para refletir: "Por acaso sou responsável por meu irmão?" Gênesis 4:9

Nesse tempo de eleições gerais no país, LEMBRE-SE: A ratoeira está armada! 

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Manoel Soares Cutrim Filho *

Como cristão faço minhas as palavras de João apóstolo, afirmando que o mundo todo está debaixo do poder do Maligno (Jo 5.19). O coração do discípulo de Cristo sabe que somos cidadãos de dois mundos, um temporário, que é aqui na terra, e outro eterno, onde viveremos para sempre, sobre o pleno Governo de Deus, sem interferências externas. Nesse Reino, não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor, porque Ele enxugará toda a lágrima dos olhos daqueles que estarão com ele (Ap 21.4). No entanto, durante o tempo que vivermos aqui, neste mundo, além de não tirarmos os olhos daquele que estar por vir, devemos viver neste, como se habitássemos em um imóvel que daqui a certo tempo iremos nos mudar, todavia, precisamos cuidar dele para que não seja acelerada a sua deterioração, não cresça o mato no seu interior e com isso venha os insetos, roedores, animais peçonhentos, etc. e gere um caos em nossa habitação. A nossa responsabilidade como cidadão e a nossa atitude em relação à vida política do Município, do Estado e do Brasil, tem muito a ver com esse cuidado! Sobre este aspecto, desejo conversar um pouco com vocês.

A palavra Política tem sido muito desgastada ao longo do tempo. Mas, afinal de contas o que é Política? Vem do grego e significa “administrar a cidade”, a “polis”. Hoje, pode significar: administrar um condomínio, uma empresa, uma entidade de classe, partido político, o Município, o Estado, o País, etc. [1]Onde quer que estejamos, cometemos ou sofremos uma Ação Política.  Lembremos a frase de Bertold Brecht:

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão ignorante que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

Em uma eleição o povo exerce a sua mais elevada expressão de cidadania, por meio do voto universal (um voto para cada eleitor) de forma secreta, só ele e a sua consciência. Com o voto universal, todos estão nivelados: ricos e pobres, homens e mulheres, religiosos e ateus, sábios e ignorantes. É um direito-dever que não pode ser negado, nem tampouco deveria qualquer cidadão se omitir.

A Ciência Política ensina que o ideal é que todos os eleitores votem. Não é aconselhável votar nulo, porque significa um ato de grosseria, uma atitude antidemocrática dizendo que não concorda com a realização do pleito. É o que defendem os anarquistas e os autoritários: “Quanto pior, melhor”.

O eleitor esclarecido não vota somente nos candidatos que parecem ter maior chance de ganhar.  Primeiro, porque o voto deve estar baseado no que os candidatos defendem e no caráter dos mesmos; segundo, porque as pesquisas de intenção de voto podem estar erradas. Um candidato não eleito, mas que teve boa votação, se fortalece para os próximos pleitos.

Uma das razões pelas quais o voto não deve ser negociado é ser ele um instrumento democrático, que leva às mudanças requeridas pela sociedade. Quem vende o seu voto não tem mais autoridade moral de cobrar uma postura correta daquele político que ajudou a elegê-lo, pois, este pagou pelo voto recebido.

Uma motivação correta é apoiar determinado candidato pelo que ele é como pessoa; seu caráter; seu passado; se governa bem a sua casa; seus negócios; se tem vocação para a vida pública; se é comprometimento com a justiça e a verdade; se é pronto para ouvir a população, visando tomar decisões favoráveis ao bem comum; se é firme na defesa de leis justas, bem como disposto em fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.

O bom candidato não é aquele que vejo com melhor potencial de fazer algo por mim, por meus parentes ou por determinado grupo que represento”. O eleitor deve lembrar-se que um político decente procura cuidar dos interesses da coletividade, onde todos são beneficiados, não alguns.[2] 

É muito importante que o voto não seja dado aos candidatos somente porque são nossos parentes, irmãos da igreja, vizinhos, amigos, colegas de trabalho, etc., ou como uma forma de gratidão, mas aos que preenchem os requisitos acima mencionados. [3] O voto não tem preço, tem consequências.

Quando um líder eclesiástico troca apoio político por benefícios: material de construção, terrenos para templos, empregos para parentes ou membros da igreja, etc. Este líder torna-se venal, desprezível. Quem assim procede nunca poderá ter atitude profética em relação em relação a quem se vendeu, pois uma das qualidades do profeta é a isenção: “não dever nada a ninguém, a não ser o amor.

No nosso entender, um líder eclesiástico não deve fazer campanha para este ou aquele candidato, este ou aquele partido, mas ensinar qual é o perfil de um bom aspirante a um cargo eletivo, segundo os princípios antes mencionados. Os candidatos e partidos passam, mas os princípios são permanentes, daí ser melhor que esse líder, por sabedoria, não participe de campanha eleitoral em favor de candidatos ou partidos, porque se assim proceder, perde a sua imparcialidade, onde está grande parte de sua autoridade.[4]

Só vemos razão para que um líder eclesiástico se engaje em campanha eleitoral, se for para tomar uma atitude profética, denunciando e alertando o povo, contra algo frontal à Palavra de Deus, como: defesa do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, controle da liberdade de opinião e de crença, bem como desrespeito á propriedade privada e ao livre mercado. Tudo sistema que visa suprimir o livre arbítrio, confronta com as Sagradas Escrituras.

Os partidos políticos são transitórios, todavia, a Igreja do Senhor Jesus estará aqui até que Ele volte. Qualquer alinhamento de uma igreja a determinado candidato, partido ou ideologia, por razões meramente eleitorais, pode deixá-la à mercê de instabilidades.  Sábia é a afirmação de Ben Wong, representante da liderança mundial do Ministério Igreja em Células: “É certo que cristãos como indivíduos participem da política, mas não a Igreja como instituição. A igreja pode e deve exercer influência, mas sem forçar a nada. Jesus sempre exerceu boa influência, mas não forçava ninguém a nada. A Igreja não deve impor convicções políticas.” [5]

Jesus Cristo não constituiu a sua Igreja sob os auspícios do poder da época, nem tampouco foi um cortesão, antes procurou manter-se distante do poder de então. Ao longo da História, todas as vezes que houve essa aproximação, a Igreja perdeu a sua autoridade profética e caiu em profunda decadência.

Após as eleições, cabe ao eleitor acompanhar o mandato dos eleitos, conferindo se os mesmos estão sendo coerentes com as suas propostas de campanha e com a dignidade do cargo, apoiando ou repudiando os seus atos, de forma efetiva e pelos canais apropriados. Portanto, O VOTO NÃO TEM PREÇO, TEM CONSEQUÊNCIA!

 * Manoel Soares Cutrim Filho, graduado em Direito pela UNB, advogou por mais de vinte e cinco anos, Auditor Federal de Controle Externo do TCU – aposentado, patriota, conservador e cristão.  E - mail: cutrim@terra.com.br

Colaboração: Diana Larsan Cutrim, psicanalista clínico, mãe, dona de casa, patriota, conservadora e cristã.

[1] Manoel Soares Cutrim Filho, Eleições, Um Momento de Reflexão, O Mensageiro, julho-agosto/1994 .

[2] Paul Freston, Bíblica e Crise Brasileira, ABU Editora, 1992, 1ª Edição, p. 57.

[3] Op. cit., ABU Editora, 1992, 1ª Edição, p. 57.

[4] Decálogo do Voto Ético, da Associação Evangélica Brasileira – AEVB, item III.

[5] Jornal Carta Aberta.

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