segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A queda do Muro: a perspectiva de Alan Greenspan



Resumo do artigo de Rodrigo Constantino, com o título supracitado, mostrando como os Estados que adotam o marxismo/socialismo e suas vertentes, como modelo econômico, tendem a falir.


08/11/2014
 às 12:09 \ HistóriaSocialismo
A queda do Muro de Berlim foi um marco da história, selando definitivamente o fracasso da experiência socialista, que precisou erguer um muro para impedir a saída do próprio povo.
No capítulo 6 do seu livro de memórias A Era da Turbulência (Elsevier Editora, 2007), Alan Greenspan (economista norte-americano, ex-presidente do Banco Central Americano), comenta sobre os empolgantes anos da queda do Muro de Berlim em 1989 e o fim da União Soviética mais tarde. A seguir, coloco alguns trechos que considero mais interessantes:
“Como os Chevrolets 1957 nas ruas de Havana, aquela relíquia (um trator a vapor da década de 1920) representava a diferença fundamental entre sociedades sob planejamento central e sociedades capitalistas...”

“Sem mercados eficientes para determinar a oferta e a demanda, as consequências quase sempre são enormes excedentes de produtos que ninguém quer e enormes faltas de produtos que muita gente quer, mas que não são produzidos em volumes adequados.”
 “... não se poderia desenvolver nada melhor que a comparação entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, nem mesmo em laboratório. Ambos os países começaram com a mesma cultura, com a mesma língua, com a mesma história e com o mesmo sistema de valores. Então, durante quarenta anos, competiram em lados opostos de uma linha, com muito pouco comércio entre si. A grande diferença sujeita a teste eram os sistemas político e econômico: capitalismo de mercado versus planejamento central.”
“A queda do muro expôs um grau de decadência econômica tão devastador que surpreendeu até os mais céticos. A força de trabalho da Alemanha Oriental, constatou-se, apresentava apenas um terço da produtividade da força de trabalho da Alemanha Ocidental ...”
“Fim da União Soviética – Gorbachev, último líder soviético, renuncia; EUA reconhecem independência das repúblicas’, foi a manchete do New York Times de 26 de dezembro – ao deparar com ela, lamentei que Ayn Rand não estivesse viva para vê-la. Ela e Ronald Reagan foram duas das poucas pessoas a prever, algumas décadas antes, que a URSS acabaria implodindo.”
 “Marx de modo algum foi o primeiro a condenar a propriedade privada; a noção de que a propriedade privada é pecaminosa, assim como a obtenção de lucro e o empréstimo a juros, tem raízes profundas no cristianismo, no islamismo e em outras religiões. Apenas com o Iluminismo surgiram princípios opostos, que forneceram a base moral da propriedade, do lucro e do juro. John Locke, grande filósofo britânico do século XVIII, escreveu sobre o ‘direito natural’ de todos os indivíduos ‘à vida, à liberdade e à propriedade’. Essa reflexão exerceu profunda influência sobre os Pais da Pátria americana, e contribuiu para fomentar o capitalismo de livre mercado nos Estados Unidos.”
“A confiança na palavra alheia, principalmente de estranhos, era outro elemento que notoriamente faltava na nova Rússia. Quase não pensamos nessa faceta do capitalismo de mercado, mas ela é crucial. (…). Nas sociedades livres, quase todas as transações são, portanto, inclusive por necessidade, espontâneas. Esses intercâmbios voluntários, por sua vez, exigem confiança. (…). Mas a confiança precisa ser conquistada; a reputação é, em geral, o ativo mais valioso de uma empresa.”
Infelizmente, grande parte do povo brasileiro ainda não acordou para este fato!
Rodrigo Constantino


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