sábado, 16 de março de 2013

O EXEMPLO PARAGUAIO


Historicamente o Paraguai sempre foi uma nação de vanguarda. Militarmente, as demais nações sul-americanas tinham dificuldades em sobrepujá-lo, lembro-me que certa guerra precisou da famosa tríplice aliança - Brasil, Uruguai e Argentina - para derrotá-lo.
Após décadas de subdesenvolvimento, com direito à ditadura militar que findou com a morte do General Alfredo Stroessner, eis que chega ao poder um representante das classes menos favorecidas: Fernando Lugo, ex-bispo da Igreja Católica que durante a trajetória religiosa não respeitou o celibato. É da linha política do Lula, do Evo Morales, do Hugo Chavez e da presidente Dilma. Tanto que sua confusa saída do governo paraguaio causou a suspensão daquele país do Mercosul pelos governos alinhados.
Quem assumiu o poder por lá foi o Federico Franco que era vice do tal Lugo. Ele está eliminando os "Vales e Bolsas" que também existiam por lá e funcionavam igual no Brasil para cunho eleitoreiro. Foi uma atitude sábia que gerou revolta de parcela da população que havia parado de trabalhar para viver da "mensalidade" que o governo repassava. Em substituição às "bolsas" e aos "vales", o novo governo doa ferramentas, subsidia terras, poços e bombas de água, quando necessário, fornece sementes, adubos, fertilizantes e inseticidas, faz treinamento e acompanha as famílias dando condições necessárias para que possam produzir e tornarem-se independentes. Se necessário, o governo compra a produção para distribuí-la nas escolas e creches ou onde houver carência. Isto é fazer o correto, é a boa política, é ensinar o povo a conquistar sua cidadania e seu direito à vida, com trabalho e dignamente. O mais incrível é que conseguiram fazer com uma carga tributária que não chega a 5% daquela que o Brasil nos impõe. Que inveja! Por lá auferem grandes lucros a nossa Petrobras, o Bradesco, e as indústrias de tratores agrícolas. O Paraguai consegue crescer a mais de 6% ao ano. Ano passado o Brasil cresceu 0,9% ao ano.
Este é o exemplo que o Brasil deveria seguir. É a mudança que o Brasil precisa tomar. E por que não é feito aqui? A resposta está no ar. Fazer o povo trabalhar não gera tantos votos como dar-lhe um cartão magnético e colocar um dinheiro na conta todo mês. Dinheiro grátis é mais eficaz para eleger um político. Mas convenhamos: a culpa não é toda dos políticos, mas também de quem neles votam!

"Delenda Brasília - quem sabe faz a hora, não espera acontecer!"

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